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Decisões precipitadas



"Saul disse: Pequei! Transgredi a ordem do Senhor e as tuas instruções, pois tive medo do povo e ouvi a sua voz".

O ponto de referência para nossa reflexão hoje é Saul. Saul foi a pessoa escolhida pelo povo de Israel para ser rei. Esta decisão partiu do povo porque invejavam os outros povos e queriam ser como eles. Queriam ser regido por um rei e não por um Deus (1Samuel 8:20). Com a permissão do Senhor, Saul é eleito rei de Israel.

Durante seu reinado, Saul procurou mostrar serviço fazendo guerras e vencendo batalhas. Porém, a medida em que prosseguia, o caráter de Saul mostrava uma pessoa cada vez mais preocupada e apegada ao reconhecimento, fama e status. Seu medo de perder o reino, de perder a guerra, de perder popularidade e não ser aceito pelas pessoas o levou à ruína. Aos poucos o coração de Saul estava mais preocupado em atender sua necessidade de aceitação e em agradar ao povo do que a Deus. Em um dado momento, para compensar suas faltas, quis fazer uma "moralzinha" com Deus e acabou se dando mal (1Samuel 15:13-24). Seus esforços para manter sua popularidade o consumia aos poucos. Em determinado momento, chegou a construir um monumento para si (1Samuel 15:12).


Há pessoas que decidem e agem precipitadamente, contudo, logo percebem o erro e se arrependem. Saul porém era o tipo de pessoa que fazia e só pensava no que tinha feito ou se arrependia depois que alguém o confrontava. Ao que parece, Saul tomou decisões precipitadamente por não saber lhe dar com situações sob pressão, por medo ou impulsionado pelas emoções. Às vezes temos que tomar decisões pressionados por pessoas: amigos, parentes, esposa, filho, namorada, grupo. Outras vezes, é preciso saber controlar as emoções antes de tomar qualquer atitude: ira, raiva, ódio, angústia, cobiça, dó, egoísmo, entre outras. No entanto, o que é mais comum entre nós é precipitarmos por conta das nossas vontades.



Saul por exemplo, tomou uma decisão precipitada quando foi pressionado por seus soldados a fazer o que eles queriam que fosse feito. Saul ficou com medo e deixou que fizessem o que queriam (1Samuel 15:13-25). Um exemplo muito positivo acerca disso encontramos na vida de Davi. Davi saiu para batalha. Na metade do caminho cerca de duzentos homens ficaram, pois estavam muito cansados. Prosseguiram então com quatrocentos homens e venceram a batalha. Na hora de dividir os despojos, os quatrocentos homens não concordaram com Davi que deveriam dividir os despojos com os duzentos homens que ficaram para trás, pois era assim que era feito de acordo com a tradição. Eram quatrocentos homens contra apenas um. Davi porém se posicionou contra os quatrocentos homens e disse que Deus é o dono da vitória e que todos ganhariam de igual. "A partir daquele dia, estabeleceu Davi em Israel esse costume e esse direito que subsiste ainda hoje (1 Samuel 30:21-25 ).




Samuel disse que a obstinação é como pecado de idolatria. Samuel disse isso logo depois de Saul ter pecado por não ter feito o que Deus havia pedido. É interessante observar que Saul é uma pessoa obstinada ao ver que persseguiu Davi até o final de sua vida. Possuía uma personalidade forte, de pensamentos contraditórios e espírito pertubado. Mas a questão é que queria fazer prevalecer sua vontade a todo custo, violando leis e transgredindo a ordem estabelecida. O que fazia dele um idólatra, quem sabe até mesmo um egocêntrico.





A vida de Saul quer nos dizer que o caminho para não cometermos muitos erros por conta de decisões e atitudes precipitadas consiste no fato de submetermos nossa vida e vontade a Deus e a sua palavra em obediência. Precisamos nos abastecer de conselheiros segundo Pv 15:22 e buscar conhecimento segundo Salmos 1. Saul fazia e depois perguntava. Precisamos ter a dissiplina e adquirir o hábito de perguntar primeiro antes de decidir ou agir. Entenda o silêncio de Deus como um alerta, ou um simples "espera mais um pouco". 




Uma decisão precipitada paltada em vontades temporais custou não só o reino de Saul, mas sua própria vida. Podemos até voltar atrás em em uma atitude ou decisão errada, porém, nem sempre há como impedir as consequências dessas decisões.

Se achar interessante, encontrei algumas dicas para vencer um impulso.
Harry Érick

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