"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda". Atos 3:6
O milagre narrado em Atos dos Apóstolos 3:1-12 me faz refletir sobre a repercussão do milagre a partir de três grupos de pessoas que também encontramos em nosso cenário religioso.
Começando de trás para frente, o primeiro grupo de pessoas são aqueles descrito em Atos 3:12:
"E quando Pedro viu isto, disse ao povo: Homens israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?" Atos 3:12
São as pessoas que estavam em redor, viram o milagre e ficaram maravilhados com o fato. Também é uma característica fundamental dessas pessoas o fato de acharem que tudo isso era algo que veio de Pedro e João, de sua santidade ou coisa parecida, por isso fitavam os olhos nos discípulos. São plateias, expectadores, religiosos talvez, oportunistas à procura de milagres e outras fórmulas mágicas para resolver problemas ou se dar bem na vida.
Outro grupo de pessoas caracteriza-se na pessoa do coxo, que dependia do templo, da religião para sobreviver:
"E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam." Atos3:2Quantas pessoas não se beneficiavam do templo na época de Cristo. A religião empregava e gerava um bom lucro para muitas pessoas:
E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; Mateus21:12
O templo que era para ser casa de oração tornou-se na verdade um comércio bastante promissor para os que ficavam ao redor do templo e que não tinham nada a ver com a fé judaica, e também para os religiosos que presidiam no templo. Nas palavras de Cristo, o templo parecia mais um covil de ladrões. A diferença deste grupo para o anterior, é que o anterior vive do milagre e de fórmulas milagrosas. Para estes, sempre haverá um tipo "guru" da fé que detém o poder. O coxo, portanto é o tipo que vivia dos encontros, das festas religiosas, tudo o que o templo e a religião podia prover para o seu sustento físico e material.
Por último, vemos aqui em Pedro e João a fé operante e contagiante em Cristo Jesus.
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda." Atos 3:6
Pedro e João tiram o foco que as pessoas tinham no dinheiro, no milagre, na religião e neles mesmos, e apontam para Cristo, consumador da sua fé. Uma fé que os encoraja, que faz com que eles enfrentem as piores situações e adversidades da vida. Uma fé genuína que parte unicamente de um relacionamento honesto e sincero com Cristo.
Ao mesmo tempo que as pessoas são beneficiadas, elas também são despertadas para o Evangelho e salvação em Cristo. Uma fé que dá testemunho de que Cristo está acima de qualquer religião, pessoas, milagres, fórmulas mágicas e dinheiro.
Uma fé operante e contagiante nos torna mais humanos. É aquela que aponta para Cristo e enfrenta as diversidades da vida sem exigir nada de Deus, cumprindo o seu papel de servir e glorificar a Deus em qualquer situação.
Harry Érick
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