“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Gênesis 2:7
A partir do relato da criação, quando Deus criou o ser humano, ele o criou e formou do pó da terra. Deus não formou o ser humano do pó da terra e este já saiu andando e falando, não! Depois de ter criado o ser humano, Deus soprou nele o fôlego da vida. Então o ser humano passou a ser alma vivente.
Segundo os cientistas, o corpo humano adulto normal é composto basicamente dos seguintes elementos químicos:
40 litros de água; 20 quilos de carvão; 04 litros de amônia; 1 quilo e meio de cálcio; 800 gr. de fósforo; 250 gramas de sal; 100 gramas de enxofre; 80 gramas de salitre; 50 gramas de magnésio; 08 gr. de manganésio; 02 gr. de alumínio; 20 centigramas de arsênico. Contém ainda traços de Chumbo, Cobre, Iodo, Cario e bromo.
Diz-se que se os cientistas misturarem tudo isso, resulta apenas em uma massa de mau cheiro. Assim, umas das conclusões que podemos chegar sobre o ser humano a partir de sua composição química é essa: uma massa de mau cheiro. Não serve nem para fazer sabão.
Segundo a Bíblia, “... toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor” 1 Pedro 1:24 . O ser humano é como uma erva que seca e é lançada ao fogo. A flor é a sua juventude, sua força, seu vigor, suas conquistas e posses – sua glória. Tudo isso seca e murcha com o tempo, ou com um simples sopro de Deus - Isaías 40:7. Ou seja, se há do que se orgulhar e se achar por algum motivo humano, num simples sopro Deus mostra que não passamos de erva e flor que murcha, cai, e morre.
Há quem se defina a partir de sua capacidade e potência de agir, e a partir disso, ostenta sua razão de ser, existir, e viver. Outros se apoiam a partir do cargo que desempenham no trabalho, a partir dos diplomas de cursos ou faculdade. Há ainda os que se orgulham da sua capacidade de pensar, de criar. Tudo isso são consequências do sopro de Deus e servem de ornamentos para àquela massa mau cheirosa que descrevi no começo do texto.
No Antigo Testamento, o ser humano só se fez alma vivente a partir do sopro de Deus em suas narinas. Porém, com a incidência do pecado, esse ser humano morreu para Deus e começou a viver para si mesmo, esquecendo-se de quem lhe soprou a vida. Já no Novo Testamento, podemos dizer que o ser humano passa a ser novamente alma vivente a partir do seu encontro real e verdadeiro com Cristo. Assim, por intermédio da morte e ressurreição de Cristo, o ser humano passa a ser alma vivente em obediência, santidade, louvor e adoração a seu único Deus e criador. Torna então a ser alma vivente, vivendo para glória de Deus.
Estar vivo implica em não apenas ter Cristo como Salvador, mas principalmente com Senhor das nossas vidas em obediência, testemunho e adoração. Implica em transformação de vida, em metanóia, em não se conformar, ou seja, não tomar a forma do mundo, mas ser cada vez mais parecidos com Cristo. É apresentar nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. É esta atitude que Paulo diz ser um verdadeiro culto racional - Romanos 12:1,2.
O culto racional de acordo com o Apóstolo Paulo, não se resume apenas em uma solenidade que começa e termina em uma ou duas horas no templo, em um ou dois dias na semana. Segundo o que se pode entender a partir de Romanos 12:1,2, uma característica de quem tem a vida de Cristo em seu ser, é que em todo o tempo, sua maior preocupação é obedecer, santificar, louvar e adorar a Deus com a sua vida no mundo em tempo integral. É estar vivo para as obras do Espírito Santo de Deus e morto para as obras da carne. É o que nos diz Colossenses 3:1-3: “se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus".
Assim como há pessoas que estão mortas porque se apoiam em si mesmas, ou seja, em suas posses, riquezas, capacidades ou títulos, também há religiosos cheios de conhecimento da Palavra, porém vazios de Cristo, cheios de religião e de justiça própria. Mortos para as obras do Espírito Santo, contudo, vivos para as obras da carne. Por isso encontramos na Bíblia: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21).
Se na Criação foi preciso soprar o fôlego de vida para que aquele pó da terra pudesse se tornar ser humano e ser alma vivente, hoje, por causa da nossa natureza pecaminosa, é preciso ter um encontro real e verdadeiro com Cristo para que tenhamos vida, e vida em abundância. Caso isso não aconteça, não passamos de pó da terra, erva do campo com flor que murcha e cai, um tipo de massa mau cheirosa.
Harry Érick
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