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Fé frutífera

“Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto” (Jo 15.8)

Ser cristão e não ter compromisso é como trabalhar em uma empresa sem vestir a camisa. Você se mantém indiferente à construção do Reino de Deus por comodismo. Na decisão de viver a inércia religiosa, é ciente de que há problemas em você e à sua volta, mas prefere garantir o sossego e não reagir.

Sossego e acomodação talvez traduzam bem o ditado “sombra e água fresca”. É muito desencorajador fazer parte de uma estrutura onde não haja participação do corpo e os líderes não cumpram com a sua função. Se hoje somos frutos de uma fé reformada é porque houve alguém que se importou e abraçou a causa a qualquer custo. Pessoas que tinham em seu coração um compromisso fiel e verdadeiro com Cristo. Que desejaram ver uma sociedade transformada pela Palavra de Deus. Pessoas que não se calaram e mostraram os frutos da sua fé. Somos devedores a pessoas como:

- Pedro Valdo (1174) - Sob fortes censuras e perseguições, empenhou-se em traduzir uma pequena parte do Novo Testamento para a linguagem popular;
- John Wycliffe (por volta de 1384) - defendeu a autoridade das Escrituras, traduziu a Bíblia para o inglês, contestou a autoridade papal; 
- Johannes (Jan) Huss (por volta de 1415) - Contestou a autoridade papal defendendo a autoridade das Escrituras e traduzindo a Bíblia para a linguagem do povo;
- Martinho Lutero (por volta de 1510) - Em 1517, Lutero afixou na porta da catedral de Wittenberg as 95 teses contra os ensinos da Igreja Católica e a autoridade Papal.

Martin Luther King, pastor batista e ativista político, que lutou contra a discriminação racial nos Estados Unidos por volta da década de 50, disse: “O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas”. Se hoje os Estados Unidos é um país menos racista, deve-se ao empenho e fé de Martin Luther King. A falta de iniciativa e o medo de se expor descaracterizam o seguidor de Cristo.

É preciso reformar a mente! Quando o Criador nos chama, não temos que apresentar um currículo cheio de qualificações. A competência para atuar na obra divina está relacionada à Fé em Cristo por meio do nosso compromisso e comprometimento com as Escrituras, à maturidade emocional e espiritual.

Enriquecemos o nosso interior através das disciplinas espirituais, mas não podemos ser egoístas querendo apenas obter as regalias da fé em Deus. O Todo – Poderoso nos permite perceber os nossos próprios pecados e também aquele que está marginalizado na sociedade; pregar e agir; orar e renovar a si mesmo pelo nosso bem e a favor dos que convivem conosco.

Tenhamos pressa de descruzar os braços e de zelar pelos RESULTADOS de nossos investimentos espirituais. “Que deis muito fruto”. É o que Jesus propõe. Você quer se manter como um ramo infrutuoso ou se conectar à videira de Cristo?

Danielly Costa Leite

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